quinta-feira, 11 de julho de 2013

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Oieee!

Estou reiniciando meu ano agora em 2013. Tive coragem, após 1 ano e meio pensando  e refletindo em tudo o que eu passei nos últimos cinco anos da minha vida que foram um tanto tumultuados.
Nesse tempo, 3 anos eu me afastei de amigos e familia em nome de um amor que eu queria viver, e acreditava estar no caminho certo. Pois sempre acreditei que todos merecem ser felizes, inclusive eu.
Eu tentei formar uma família nesse tempo e achei que conseguisse fazer meu "marido" feliz. Mas percebi que a pessoa que nao se sente bem com ela mesma, pois mais que a gente se esforce, nunca será feliz.
Nesses últimos tres anos, tentei ter um filho. A principio para agradá-lo, pois era seu sonho. E depois de duas tentativas sofridas e frustradas (pois perdi os dois bebês no mesmo ano de 2009), eu consegui finalmente engravidar e a minha filha linda nasceu em 2011 em perfeita saúde. Mas infelizmente meu "marido" nao soube lidar com isso apesar de fazermos sessões de terapia e conversarmos muito a respeito de como a mulher muda nos primeiros meses de vida do bebê, e o quanto é importante o papel do pai e do marido nesse momento. Apesar de várias conversas antes dela nascer, nada funcionou. Tive o pior e mais torturante pós parto possível, Não consegui amamentar, fiquei estressada e (hoje eu percebo) deprimida. Eu me vi sozinha com uma criança dependendo de mim e eu não tive um companheiro ao meu lado. Eu tive um carrasco que me torturou e por fim me agrediu. Daí novamente, eu me vi sozinha encarando uma separação dolorosa, envolvendo policia, B.O's, reunião de conciliação, mudança de estado(pois voltei de RS para SP). Várias mudanças num periodo de 1 ano dificeis e sofridos no primeiro ano de vida da minha filha. Não foi fácil. Depois de seis meses, a ficha foi caindo e comecei a deprimir novamente, porque não conseguia arranjar explicação para tudo aquilo. Como se algo se justificasse aquele pesadelo que eu vivi. Chorei muito e depois de um ano percebi que ainda não havia explicação. Deixei de sentir raiva, senti pena. E daí o amor que existia, se foi. Hoje eu estou iniciando uma nova fase: Resolvendo a questão prática dessa situação. Iniciei um processo de dissolução da União Estável, pedido de pensão regularizado em juizo e visitas pre determinadas sob a minha supervisão, uma vez que eu decidi largar o luto, parar de me culpar pelo ocorrido e viver a minha vida novamente e abrir brecha, quem sabe para um novo amor. Muitos diziam no começo que eu era forte por tomar a decisão que eu tomei na época da separação, mas eu creio que foi uma questão de sobrevivência. A gente pensa que tudo aquilo que vivemos, merecemos de alguma forma, e muitas mulheres acabam aceitando a agressão moral e física como algo normal. Mas isso não é normal.  E eu sei que apesar de tudo, a vida sempre segue. Um dia termina e outro inicia. E a partir dai o tempo passa e sara a ferida, embora nunca esqueçamos o que vivemos.
Eu quero iniciar o relato de todo o meu processo de liberdade daquele sofrimento. E hoje escrevi apenas a primeira página. Eu fui ao advogato (por que ele é lindo e amigo da minha irmã kkk) que vai dar entrada no processo . Ele disse que após eu entregar os documentos que faltam, ele irá dar entrada  no forum e aguardaremos a intimação chegar. E eu tive a sensação que finalmente minhas correntes seriam abertas. E eu me veria livre de todo o pesadelo.  Aos poucos, eu consigo esquecer os traumas do passado e viver novamente com esperança e um pouco de amor no coração.
Eu já voltei a ouvir músicas de amor, a ter menos pesadelos noturnos e finalmente voltei a escrever. Cada vitória para mim é de ouro, porque me faz ter esperança de que um dia poderei ter um relacionamento saudável novamente. E que Deus me dê forças para suportar mais essa luta por que sei que ele virá armado e me agredirá de muitas formas. E eu terei que ser forte por mim e pela minha filha, para que ela não traumatize tanto quanto eu...
E vamos em frente porque a vida sempre continua...

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