quinta-feira, 16 de julho de 2015

A vida segue....

E quatro anos já se passaram daquele episódio em que sofria violência psicológica e por fim a física.
Minha filha tinha cinco meses quando meu ex marido bateu em mim de forma covarde por não aceitar o fim do relacionamento e de acordo com ele se sentir "pressionado" pela paternidade(ele quem disse).
Após meu retorno a Santos, no primeiro ano, ele passou em Curitiba e visitava minha filha mensalmente. Depois no ano seguinte, ele resolveu mudar para São Paulo, pois estava desempregado em Curitiba e achou que por la ia ter melhores chances. Ele conseguiu um trabalho numa empresa grande de transmissão de TV a cabo e internet. Ficou mais perto, mas apesar da proximidade, ele só vinha de uma a duas vezes por mês, quando era possível.
Após dois anos, resolveu mudar para a minha cidade para poder acompanhar mais de perto, pois acredita que por estar maiorzinha poderia leva-la com frequência para passeios. O problema é que depois do fato ocorrido ele em nenhum momento demonstrou interesse em estabelecer um contato mais amistoso, ficando sempre em auto defesa e atacando sempre que possível, ameaçando a levar a menina para a casa dele. Após eu dar entrada nos papeis para a pensão, ele ficou mais enfurecido pois foi intimado na empresa, quando morava em SP por não saber onde era sua residencia. E agora dois anos depois do inicio do processo de direito a visitação, ele vem atacando de forma mais indireta e velada.
O problema é que no laudo psicológico, eu sei que nunca ele facilitaria a vida para mim, porem ao invés de ser honesto, ele resolveu mentir descaradamente falando que nunca houve agressão e que tudo foi forjado (boletins de ocorrência, audiência com juiz de conciliação.....) num único objetivo de sair de casa e deixa-lo. Não seria mais fácil simplesmente pedir separação e ir embora? Mudar de casa? Porque eu iria fazer tudo isso só para me separar?? Meio sem lógica! Mas a mente de uma pessoa doente nunca tem lógica não é? O problema é que ele criou uma fixação pela filha como se ela fosse um objeto e que por ser dele também, ele tem direito a posse e fazer dela o que quiser. Ele está de férias e o centro das atenções dele é ficar ao lado dela o máximo de tempo possível. Mas ele não respeita os limites, ele tenta o tempo todo coloca-la contra mim, utilizando de promessas sem antes conversar comigo, a respeito de passeios que farão somente os dois. Sei que quando sair a decisão do juiz ele terá o direito de ficar com ela por algumas horas, mas ele está desequilibrado emocionalmente a ponto de quase me bater no rosto durante um confrontamento, pois ele apareceu sem minha autorização e sem minha presença a casa de minha avó para ficar com ela. E não pensem que eu agi de má fé pois ele tinha visto a filha nos dois dias anteriores fora do combinado, e na semana anterior 3 dias seguidos, com minha autorização e minha presença. Não o impedi de ver a filha deliberadamente.
Enfim, fiz a queixa para os policiais, ele é claro já havia sumido, pois sabia que ia ser pego em fragrante. E depois compareci a delegacia da mulher para formalizar a queixa. Emiti um B.O. e posso representa-lo daqui há 10 dias até seis meses(prazo máximo) depois o processo é arquivado.
Pensei muito nisso. Se deveria ou não, Não porque pensasse nele, mas porque penso na minha filha. Não sei se um dia ela entenderá bem tudo o que aconteceu. Se ela acima de tudo compreenderá o que me moveu a tal atitude. Só sei que como tantas outras mulheres, espero que a minha filha nunca passe pelo que passei e se passar tenha coragem de ir adiante. De denunciar sem medo e acreditar que um dia a justiça seja feita e ela possa viver com tranquilidade.
É isso que eu busco para nós duas. Um pouco de tranquilidade porque a vida em si já é difícil e quando tem uma pessoa que gosta de complicar ainda mais a nossa vida e não aceitar o que está feito, e tentar melhorar para não repetir este erro, fica mais difícil ainda.
Eu faço terapia há um ano e isso tem me ajudado a encarar as dificuldades e tirar um aprendizado dela.E fazer disso uma ajuda para quem precisa.
Se superei tudo? Ainda não... mas sei que um dia vou conseguir.
Ainda tenho sonhos, e não desisti de ir atras deles, só estou tentando achar o caminho. Seria mais fácil se tivesse ajuda mas tem pessoas que não estão preparadas para ajudar porque possuem seus próprios fantasmas. E a essas pessoas desejo que consigam ter força de vontade e se dê uma chance porque viver de medo é muito ruim e eu já vivi muito com medo, acho que desde sempre tive medo de viver. Hoje eu busco parar de ter medo e enfrentar as situações mesmo que seja forçada a isso. Porque a vida nos força a enfrentar. E eu tenho alguém que precisa de mim que precisa de exemplo de vida e não de desejo de morte, porque viver com medo é morrer aos poucos.
E eu não quero isso para mim e nem para ela.
Espero poder voltar a escrever mais sobre o meu processo com bons resultados e com novidades boas na minha vida.